O que é o PSA?
Biomarcadores (ou marcadores biológicos) são substâncias presentes em diversos fluidos corporais (como moléculas, enzimas, hormônios etc). A partir delas, pode-se investigar uma série de distúrbios no organismo.
O antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) é um biomarcador sintetizado, quase que exclusivamente, na próstata. Além de ser, majoritariamente, encontrado no sêmen, ele também circula no sangue (em pequenas quantidades).
A presença de um tumor é um dos fatores que podem levar ao aumento permanente do PSA. Por isso, suas taxas são consideradas marcadores tumorais.
No entanto, um quadro de hiperplasia prostática benigna (HPB) também leva a elevação do PSA. Sem falar nos aumentos transitórios, decorrentes de inúmeros fatos ocorridos nos dias que antecedem o exame (como relação sexual, uso de bicicleta ou moto, presença de infecção urinária, realização de exames no reto etc). Já o uso de certos medicamentos, por outro lado, pode reduzir sua concentração.
Mas mesmo não sendo específico e com algumas limitações, o PSA é essencial no diagnóstico precoce, monitoramento e prognóstico do câncer de próstata. Afinal, os médicos sempre consideram os fatores que podem interferir nos seus níveis, ao analisar os resultados.
Qual é a relação entre PSA livre e total?
A relação entre PSA livre e total faz toda a diferença no resultado do exame. Geralmente, pacientes com maior proporção de PSA livre, quando comparado ao PSA total, não têm câncer de próstata. Ainda que não haja um consenso, essa proporção costuma ser igual ou maior que 15%.
Em síntese, além do cuidado na realização do exame, o uso do PSA depende das informações colhidas no exame clínico (inclusive, no toque retal). Isso ajuda a evitar o sobrediagnóstico e exames complementares desnecessários (como biópsias prostáticas).
No entanto, vale destacar que a coleta precisa ser adequadamente manuseada pela equipe do laboratório, pois o PSA livre apresenta bastante instabilidade. Caso a amostra de sangue não seja centrifugada e refrigerada em, no máximo, 1 hora, o PSA livre se degrada. Assim, o resultado PSA livre/total pode ser falsamente baixo, levando ao diagnóstico errôneo de câncer de próstata.